Há dias que uma Mãe deseja ansiosamente que cheguem e simultâneamente que demorem uma eternidade a chegar. Ontem, dia 10 de Setembro de 2012 foi um desses dias. Foi o 1º dia de Cresce da minha Laranjinha.
Desde que ela nasceu e que fui invadida por esta onda de Amor Incondicional que passei a "temer" o 1º dia de Cresce. Não por ter de a deixar numa Cresce. Isso não me faz nenhum tipo de confusão... Muito pelo contrário. Achei o máximo vê-la na salinha rodeada de outros bebés como ela, e saber que todos aqueles meninos e meninas ali, vão crescer juntos. Vão passar os próximos anos lado a lado, nas brincadeiras, nas birras, nas actividades, nas refeições, nas doenças... E por ter passado toda a minha infância numa Cresce, consigo perceber o que será a vidinha dela nos próximos aninhos. E tenho a certeza que tal como eu, ela irá levar para a vida memórias muitos felizes dos próximos anos.
O que realmente me faz confusão é não ser Eu a cuidar dela. Eu!.. A Mãe!... Não ser eu a dar-lhe a papinha... não ser eu a ver a carinha amorosa que ela faz sempre que acorda... não ser eu a dar-lhe miminho e a embala-la quando está com soninho... não ser eu a mudar a fraldinha enquanto faço mil e uma palhaçadas para a minha filhota rir... não ser eu a incentivá-la para se sentar sozinha... para agarrar nos brinquedos sozinha... não ser eu a mimá-la sempre que fica chorosa... E é esta sensação horrível de estar a perder momentos da vida dela que me mata! Esta ausência dela no meu dia a dia está dar cabo de mim... como agora por exemplo. Estou aqui em casa sozinha. Casa que fica enorme e assustadoramente silenciosa sem ela. E não consigo parar de olhar para o relógio e pensar que a esta hora ela deve estar a papar a papinha dela... e que a seguir vai fazer uma mini birrinha de sono porque ela dorme sempre a seguir à papinha... e que eu estou a perder tudo isto...
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